domingo, 1 de agosto de 2010


Oi meu andarilho,a quanto andas longe daqui e de mim hein?!
Cheguei a pensar algumas vezes que tinha se esquecido da sua terra natal,e das coisas que aqui você deixou.Teve muitas vezes que rezei pra ti,e implorei a Deus que você voltasse,com uma mochila grande nas costas,e um grande sorriso de 'surpresa' vindo me abraçar.Só que,você ainda não voltou,e eu ainda continuo te esperando.Sei que é falta de coragem,e sei que você anda fugindo de você mesmo,mas você está andando em circulos,meu andarilho,e não há nada que você ou eu possamos fazer.
Você deixou pegadas no meu coração,na onde você nunca imaginou andar,na onde você nunca queria estar,mas ficou,de um pra sempre do sempre do jeito que eu e você tinha-mos um medo reciproco.
Sei meu andarilho,que você está bem,que a sua vida por onde anda,é magnifica,e as pessoas que você conhece dia após dia,são cada vez melhores,e você aprende coisas novas com elas.Sabe,eu também,por mais que estive no mesmo lugar,fiz as mesmas coisas,só que não na mesma intensidade.Conheci mais do que pessoas interessantes,e coisas mais que magnificas,mas nenhuma foi tão intensa,e tão real como nós dois.
Esses dias,olhei pra lua e pensei em você,pensei ne como você me pedia pra olhar pra ela e te sentir la,me fez lembrar que você sempre dizia que depositava todo o seu carinho nela,e quando eu sentisse falta de você do jeito que sinto agora,olhasse pra ela e te sentisse perto de mim.Isso me confortou,muito mais do que eu imaginava.Fiz isso,e toda vez que faço fico torcendo pra que você esteja fazendo o mesmo,na mesma hora.
Andarilho,meu único andarilho,porque continua andando?! Já não se cansou?! Sabes que nem eu que o seu lugar é ficar comigo,não ja conheceu o que tinha de conhecer?! Já não entendeu o que tinha de entender?! Fico imaginando os presentes que irá me trazer,os sorrisos e historias que irá me contar,e de como sentiu minha falta,e de como foi difícil pra você,tentar não ficar perto de mim,no mesmo tanto que foi difícil pra mim,não ter que pensar em você assim.
Espero que passe pelos sete mares,pelos quatro cantos de uma tal rosa dos ventos,e mesmo assim lembre que eu estarei sentado na minha janela,olhando pra lua e com o meu celular na mão,esperando que seja você quem está me ligando,esperando você voltar,sem medo,sem anseios e sem sociedade nas costas.Estarei eu,de braços abertos,de cabeça erguido com olhos cheios de lágrimas esperando você entender que é ali,no meio de mim que sempre vai ser o seu lugar,sem precisar mais caminhar,meu andarilho!




É como se fosse qualquer tarde de sexta-feira se eu não estivesse vendo tudo em tons de azul.Na fumaça que sai da minha xícara e toca suavemente a ponta do meu nariz gelado,enxergo você sentado.Parado como uma fotografia que eu tinha acabado de tirar,com meus olhos.Aquela brisa suave e ao mesmo tempo gelada me fazia chegar mais perto do meu café,me fazia segura-lo para que esquentasse as pontas dos meus dedos e por fim tomar um gole,sem se quer tirar os olhos de você.O que envolvia seus lábios naquele momento era um cigarro,eu conseguia sentir o quão você precisava tragar,e o invejava por estar tão mais perto dos seus lábios do que eu...Maldito vicio.Eu,a cada tragada que você dava,conseguia sentir o papel queimar e a música que era baixa e vinha não sei de onde me fazia pensar "em qual mundo será que ele está?!" Pretendi,eu confesso passar pela fumaça que você soltava da boca,e te beijar lentamente,do jeito que eu gosto,mas na falta de coragem que tive tomei mais um gole do meu café e me peguei dando um sorriso fugido pelo canto da boca.O amarelo-mostarda que era a cor predominante da sua blusa,era o que mais destacava na minha retina,então eu me curvei,debrucei sobre a mesa,cobri uma mão com a minha blusa de frio e apoiei meu rosto na mão.Eu respirei fundo e ajustei meus óculos para entender que não era uma miragem.E confesso que quando expirei todo o ar,agradeci a Deus que você,naquele lugar era mais do que real.Quando você depositou suavemente suas cinzas naquele cinzeiro percebi que me olhou,em um olhar simples e direto,e antes que o cigarro chegasse a sua boca,um meio sorriso desabroxou para mim e o seu olhar deparou com o meu,novamente.
O tempo,definitivamente nesse segundo tinha parado e eu aos poucos me recompus,ajeitei a minha cadeira pra mais perto da mesa e coloquei uma dose de açucar no meu café,olhei dentro do preto que tinha ali na minha xícara,me envolvi tanto com as voltas que eu dava com a colher que esqueci do mundo que girava la fora,e inclusive de você.
"Posso me sentar?" Foi o que quebrou o meu raciocinio,um timbre de voz grosso que me fez olhar rapidamente quem era.Quando meus olhos encontraram-te,não conseguia pensar em nada a não ser "Sinta-se a vontade". Você trazia mais uma xicara de café para a minha mesa,e a fumaça que saia dela enroscava-se com a minha,antes das duas desaparecerem no ar frio que nos envolvia.De complemento,lá fora gotejava pingos doces e suaves que pareciam cair lentos com toda a graça que os quarda chuvas abriam.Eu só não queria que aquelas sombrancelhas que erguiam diante de mim,aquela barba e os dentes brancos que completavam o sorriso que sorria para mim,não desaparecessem e eu não acordasse em um quarto escuro,e o bom foi,que eu não acordei.
"Eu só costumo não desperdiçar os meus destinos." e então a sua xícara calou sua voz em um gole feroz que você deu no café,eu só sorri e fechei o ziper da minha blusa até o pescoço,tomei um gole e disse "Você parece triste"
"E estou..." Eu não resisti e perguntei sem pensar o que era e você me respondeu a resposta que eu daria,e a que eu queria escutar. "existe coisa mais triste do que ter que tomar um café sozinho?" Juntos sorrimos,e a minha meia xícara de café não sei como,completava o seu cigarro,que você acabara de acender.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

La no meio do caminho .


E o horizonte la na frente se perde,não tem ninguém em quem você possa firmar a sua atenção enquanto você pedala,devagar,esperando alguém ou alguma coisa acontecer naquele momento,como um filme...Não acontece.
A brisa que bate no rosto não te trás respostas,não te trás consolo,te faz sentir frio,e aos poucos a ponta do seu nariz já não sabe os ares que respira.As árvores que estão cravadas nos lugares que nasceram,sussurram que quem caminha é você,e que a vida que te leva,e te trás...São seus pés que forçam a pedalada mais depressa,ou mais devagar.Você as olha,encarando-as,e espera que elas te digam quantas pessoas ja passaram por aquela rua na mesma monotonia que a sua.
O pneu que te sustenta gira em uma perfeita cincronia,e vai na direção que suas mãos o guia...E lá no horizonte,ainda não há ninguém,não tem ninguém,e assim na sua caminhada,é você,com vc mesmo,esperando o impossivel não acontecer.

Nostalgia do meu carrocel.


Pensa um pouco comigo,entre em um carrossel imaginario e escolha um cavalinho da cor que preferir,e se sinta feliz em estar sentado nele,com toda aquela música-ambiente tocando e alguém que está do lado de fora marca o seu ponto inicial de partida.Devagar o carrossel começa a movimentar,e em circulos você passa uma,duas,três,quatro vezes pelo mesmo ponto de partida e sente que renova a cada vez que você passa por ali.A velocidade de pouco começa a almentar,e aquelas voltas começam a ficar perigosas.Os rostos do lado de fora não são tão mais visiveis e você acaba vendo que você só tem você mesmo e suas mãos para se agarrar a alguma coisa e não cair.Cada vez mais a velocidade vai superando os limites e você vai vendo que pouco a pouco,as pessoas que estavam em outros cavalinhos começam a se deixarem levar pelas voltas rápidas,ficam fracas e enjoadas,e você sem perceber passa milhões de vezes pelo mesmo ponto de partida,sem perceber,sem dar a minima...Então,você esquece qual é o seu ponto de partida,e a velocidade vai diminuindo,aos poucos,e então você vê aquela pessoa na partida,e pula do seu cavalo e começa a correr contra o sentido certo do carrossel,e acaba ficando no mesmo lugar.Passa uma,duas,três vezes pelo mesmo ponto de partida,sabe o que sente quando o vê,sabe o que acontece,e o que tem de dizer,e mesmo assim deixar passar cinco,seis,sete voltas,pra ver se ainda da tempo de correr...Só que correr em circulos,é perda de tempo,e fechar os olhos pra realidade não é fato....

domingo, 2 de maio de 2010


[O Cientista]
Vim pra lhe encontrar,
Dizer que sinto muito,
Você não sabe o quão amável você é
Tenho que lhe achar,
Dizer que preciso de você,
Dizer que a abandonei
Conte-me seus segredos
Faça-me suas perguntas
Oh, vamos voltar pro começo
Correndo em círculos,
Perseguindo a cauda,
Cabeças num separado silêncio
Ninguém disse que seria fácil,
É uma pena (nós) nos separarmos
Ninguém disse que seria fácil,
Ninguém jamais disse que seria tão difícil assim
Oh, me leve de volta ao começo...
Eu só estava pensando
Em números e figuras,
Rejeitando seus quebra-cabeças
Questões da ciência,
Ciência e progresso
Não falam tão alto quanto meu coração
Diga-me que me ama,
Volte e me assombre
Oh, quando eu corro pro começo
Correndo em círculos,
Perseguindo nossas caudas
Voltando a ser como éramos
Ninguém disse que era fácil,
É uma pena (nós) nos separarmos
Ninguém disse que era fácil,
Ninguém jamais disse que seria tão difícil assim
eu estou indo de volta para o começo


A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.